Neste momento fala-se de crise, os bancos estão em crise, os empregos estão em crise,os professores estão em crise, o sector alimentar está em crise, todos estamos em crise. E mesmo daqui a dois anos quando a crise passar, vão-nos lembrar que há dois anos, "ai que parece que ainda foi onte", estávamos em crise!
Acho que já toda a gente percebeu a ideia. (Aos que não perceberam sugiro que olhem para dentro do vosso porta-moedas)
Estamos, portanto, em recessão, a palavra de ordem é: "Apertar o cinto."
Ou seja, vamos ser um bocadinho mais poupadinhos. Não apertar o acessório de toillet propriamente dito, que coitado, não tem culpa nenhuma.
Só que, se por um lado somos um povo que se lamenta, também somos um povo que o que gosta é de festa. E em todas a montras já se vêm alusões ao "velhote das barbas brancas", e dizeres como "O Natal está a chegar". Que é assim como quem diz, vem aí(...) a época do amor e da paz, da confraternização, da solidariedade..... Tão bonita que é a quadra natalícia! Errrr.... Desculpem, sonhei por uns momentos! Como eu ia a dizer. Que é como quem diz chegou a época do consumismo, da corrida para as lojas, das prendinhas, dos hipermercados cheios de gente,das horas perdidas e, claro está, da hipocrisia.
Então e a crise? Já se foi embora?
"Então Maria como vai a vida?"
"Ai Josefa vai muito dificil, isto da crise está-me a pôr os nervos há flor da pele, veja lá que há dias em que tenho que dar voltas e voltas no supermercado para encontrar a coisinha mais barata para comer, veja lá, para comer...."
"Pois é,e agora o Natal já vem aí..."
"Aiiii o Natal, nem me diga nada, gosto tanto do Natal, ja comprei as minhas prendas todas. Pó marido, pó meu filhos. po meu netinhos, pá menina da padaria, que é uma joía de moça...."
"Ah, mas então e a crise...?"
"Ah, qual crise, é Natal! Olhe tira-se um bocadinho à boca...."
E assim já se pode apertar o cinto, literalmente.
Oh Oh Oh

Ah, para quem não sabe o natal é só daqui a um mês.